Todo mundo sabe que bater de frente com os grandes marketplaces é quase impossível. Digo “quase” por que vou escrever sobre isso neste texto e dar algumas dicas de como você pode tentar vender diretamente sem depender do Mercado Livre.
É bem comum pequenas empresas ou micro-empreendedores iniciarem suas vendas através dos marketplaces. Porém, com o tempo, você vai percebendo que não é muito vantajoso. Eles ficam com grande parte do seu lucro, sendo quase como sócios, porém, sem pagar tributos, dar suporte e todo o pacote de responsabilidades que vem junto quando você vende algo para um cliente.
É vantajoso? Posso dizer que sim e não… Sim, se você tem uma grande margem de lucro ou se você é fabricante e se seu produto é de segmento e vende em grandes quantidades. E não, se você não se enquadra em nenhuma das situações anteriores.
E este mercado vai piorar ainda mais, pois fabricantes já estão colocando seus produtos diretamente nos marketplaces. Está errado? Digo que não, pois existe mercado para tudo e todos. Com o tempo, acredito que estarão em maior número nos marketplaces pessoas/empreendedores que produzam artesanato ou algo muito customizado e com valor agregado. Com a grande oferta de produtos no mercado, facilidades de importação e grandes lojas entrando no brasil, acredito que em breve não valerá mais a pena a venda nesse formato.
É importante estar presente em marketplace? Sim. Como falamos anteriormente, dificilmente você terá condições de concorrer com o volume de investimento de um marketplace, mas nada impede que você surfe nessa onda e use isso a seu favor.
Então, vou dar algumas dicas que talvez possam te ajudar a vender fora do Mercado Livre. São dicas bem valiosas, pois usamos para nossos clientes, foram testadas e retestadas, e sabemos que trazem retorno em vendas.
Vamos às dicas:
1 – Planejamento
Antes que começar qualquer operação de vendas, faça um bom planejamento de marketing. Tenha em mente quando você pode investir, conheça bem seus produtos, margem de lucro, faça uma pesquisa para saber quais produtos tem mais venda, conheça seu público.
2 – Tenha uma loja virtual
Hoje existem plataformas com preços bem acessíveis, ideais para quem está iniciando. Quando crescer, é só migrar para uma maior e mais completa.
3 – Invista em SEO
Toda loja virtual deve ter uma boa otimização para aparecer nas buscas gratuitas do Google. Se sua palavra-chave principal for muito difícil, busque por palavras secundárias e mais fáceis. Elas auxiliarão a sua loja a ter tráfego, até que a palavra principal esteja bem posicionada. O planejador de palavras-chave do Google é a porta de entrada para você descobrir quais as melhores palavras-chave para o seu negócio.
Um detalhe importante que você precisa saber, é que mais da metade do seu tráfego deve vir dos resultados orgânicos, se estiver abaixo, cuidado.
4 – Invista em Adwords
Enquanto você ainda não aparece nas buscas orgânicas, comece com Google Adwords. Mas cuidado para não cair na armadilha de anunciar todo o seu mix de produtos. Certamente você gastará muito e não terá o retorno esperado. Use a estratégia de um produto isca e invista nele, o investimento será bem menor e a aquisição de clientes se pagará.
5 – Tenha conteúdo relevante
Para atrair pessoas interessadas em seu produtos, tenha conteúdo. Os conteúdos podem ser dos mais variados tipos, dependendo do produto que você venda. Tenha um blog, pois conteúdo é fator determinante para posicionar sua loja nas buscas orgânicas. Se você vende algum tipo de equipamento/máquina, crie um canal no youtube ensinando seus possíveis clientes a usarem seu equipamentos e como eles podem ganhar dinheiro. Youtube dá muito retorno, vá por mim.
6 – Use Iscas
Use produtos isca para oferecer vantagens para o cliente ou que possa ser vendido a preço de custo. Esta estratégia servirá para adquirir o cadastro de novos clientes. Além disso, serve para que eles tenham uma primeira experiência de compra na sua loja. Não esqueça, tenha um plano de recompras e de CRM para que os clientes mantenham-se comprando de você por um longo período.
8 – Tenha um plano de recompra/recorrência
Após você adquirir o cliente, ofereça produtos relacionados, cupons de desconto, conteúdo relevante, ajude ele a usar seus produtos. A regra é: relacione-se e mantenha ele comprando de você.
9 – Use um bom CRM para E-commerce
Uma ferramenta de CRM possibilitará você conhecer e entender o seu cliente. Ajudará você a antecipar ciclos de compras e entregar conteúdo relevante e diferenciado para cada um.
10 – Use o Mercado Livre
Rá! Pegadinha do malandro!
Usar o Mercado Livre? Sim! Enquanto você ainda não aparece bem nas buscas do Google e não tem muitos acessos em sua loja, use o Mercado Livre para ajudar a manter as vendas. Mas a minha dica é: não coloque todos os seus produtos. Assim como os produto isca, faça o mesmo no Mercado Livre. Outra dica de ouro é: quando o cliente comprar pelo Mercado Livre, envie junto com a encomenda um encarte impresso falando da sua linha completa de produtos e um cupom para ser usado na sua loja própria. Assim, você cria um relacionamento com o cliente, o que não acontece por dentro da plataforma do marketplace.
Dentro do Mercado Livre, tente de alguma forma colocar ou deixar bem claro o nome da sua loja. Muitos usuários tentarão buscar pelo nome da loja no Google, principalmente usuários locais que preferem retirar o produto em mãos.
São dicas que utilizamos para nossos clientes na Tercerize. Temos o case de uma empresa de bebidas em que mais de 70% das suas vendas vem da busca orgânica do Google. Fruto de um trabalho de SEO, conteúdo rico e uma boa estratégia de recompras. São dicas simples, que talvez você já tenha lido por aí, mas é o que comprovadamente funciona.
Demora para ter resultado? Sim, demora. Mas como todo novo negócio, ele leva um tempo para decolar. Com um e-commerce não é diferente, leva um tempo, mas quando performa é mais rentável do que depender de um marketplace que leva grande parte dos seus lucros.